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O mapeamento de vinhas em 2D é um fator determinante para a viticultura de precisão. Envolve o mapeamento detalhado por meio de imagens aéreas de infravermelho para entender a variabilidade da vinha, especialmente no que diz respeito ao rendimento e maturação. Uma melhor compreensão da vinha permite fazer uma melhor gestão, particularmente no que toca à vindima seletiva para garantir a máxima qualidade da uva.
Para desenvolver um sistema personalizado, a nossa equipa de I&D realizou um estudo de 3 anos para desenvolver uma técnica de mapeamento 2D para monitorizar e interpretar a variação zonal de açúcar, ácidos, antocianinas e fenólicos na vinha. Em suma, os principais parâmetros que afetam a composição e qualidade percecionada.
Selecionámos uma parcela de vinha na Quinta do Bomfim (Bloco 42 de Touriga Franca) e monitorizámo-la ao longo de um período de 3 anos entre 2013 e 2015. Investigámos a correlação entre o vigor da vinha e a composição do metabolito da uva e fizemos microvinificações a partir de uvas colhidas no mesmo dia de diferentes subzonas de parcelas, para comparação de qualidade.
O estudo confirmou importantes variações zonais com importantes implicações para a gestão zonal das vinhas. Também ajudou a definir os critérios de vindima, já que os vinhos produzidos a partir de uvas vindimadas de diferentes zonas objeto de análise tinham perfis sensoriais distintos, com diferenças marcantes na qualidade. Os dados recolhidos apoiam o conceito de gestão seletiva da vinha e da vindima segmentada para maximizar a qualidade do vinho. A inclusão do mapeamento do metabólito da uva acrescentou uma nova dimensão, permitindo uma avaliação mais completa do micro-terroir de pequenos blocos vitícolas.