Viticultura sustentável


As nossas vinhas são cultivadas sob o protocolo de Produção Integrada. Esta certificação garante uma política rigorosa de intervenção mínima e tratamentos limitados na vinha. A nossa utilização de ferramentas de gestão de viticultura de precisão significa que as doenças da vinha possam ser muitas vezes previstas e combatidas com ação preventiva, exigindo menos intrusão na vinha e um ecossistema mais equilibrado. Esta abordagem levou a um aumento visível da diversidade da flora e da fauna nas nossas vinhas.

Vinhas biológicas


Cultivamos 112 hectares de vinhas biológicas, onde todas os enrelvamentos e ervas daninhas são controladas por tratores e tesouras manuais e não são usados herbicidas ou pesticidas. Esta é a maior área de vinha biológica na região do Douro. As culturas de enrelvamentos conservam a humidade do solo e combatem a erosão, enquanto contribuem com matéria orgânica para o solo. As culturas de enrelvamentos representam uma defesa contra ervas daninhas indesejáveis e fornecem um habitat para insetos, que são uma parte essencial da cadeia alimentar.

Enrelvamentos


Em muitos lugares plantamos culturas de cobertura entre as filas de videiras para ajudar a conservar a humidade, combater a erosão e contribuir com matéria orgânica para o solo. As culturas de cobertura são uma defesa contra ervas daninhas indesejáveis e fornecem um habitat para os insetos predadores que controlam as pragas que podem danificar as videiras. Esta técnica também ajuda as vinhas a fornecer um habitat saudável para pássaros, répteis e mamíferos, garantindo uma maior biodiversidade na nossa região.

Preservação dos socalcos


O vale do Douro é Património Mundial da UNESCO, classificado como uma paisagem cultural construída pelo homem de grande beleza. Mantemos cerca de 93 quilómetros (em extensão) de antigos socalcos de pedra nas nossas propriedades, que além de suportar as vinhas, servem de refúgio à flora e fauna do Douro. Um estudo publicado em 2018 pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho, "Functional Biodiversity in the Vineyard" (Biodiversidade Funcional na Vinha), destaca a contribuição das paredes de pedra para a biodiversidade das vinhas. As numerosas cavidades fornecem habitats de abrigo e nidificação para répteis e pequenos mamíferos e uma variedade de insetos, que, por sua vez, fornecem uma fonte de alimento para as aves. Os socalcos de pedra dos Malvedos, que abrigam uma das últimas populações de Chasco-preto do Douro - o chamado "Pássaro do Vinho do Porto" - são um exemplo claro disso.

Centro de Recuperação de Animais Selvagens (UTAD)


Apoiamos o Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-montes e Alto Douro em Vila Real (UTAD) desde 2011. Esta unidade especializada é única em Portugal e tem uma reputação internacional. Todos os anos, centenas de aves e outros animais feridos são tratados e recuperados e depois devolvidos à natureza. Muitas devoluções de várias espécies de aves de rapina tiveram ligar nas nossas quintas do Douro nos últimos anos.

Espécies em perigo


Damos acesso às nossas propriedades no Douro ao Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto para fins de investigação. Em 2018 recebemos Joel Sartore, o premiado fotógrafo de vida selvagem da National Geographic, como parte do projeto Photo Ark que o levou a mais de 40 países desde 2005, numa tentativa de fotografar 12.000 espécies de animais ameaçadas ou em risco de extinção. Na Quinta dos Malvedos, Joel fotografou um pássaro chamado Chasco-preto (Oenanthe leucura) e um Desman (um pequeno mamífero insetívoro nocturno semiaquático).

Santuários de vida selvagem


Administramos 1.231 hectares onde predominam os arbustos mediterrânicos (com alguns olivais e laranjeiras), que fornecem valiosos santuários para uma grande variedade de animais, incluindo javalis, raposas, gatos-bravos, numerosas aves de rapina e muitos outros pequenos mamíferos. Esta área é metade da nossa propriedade total e contribui de forma significativa para a preservação do habitat e da biodiversidade na região. Na nossa maior propriedade, a Quinta do Vesúvio, apenas 40% da área é plantada com vinhas e o restante é um paraíso natural onde muitas espécies de flora e fauna prosperam.

Regeneração florestal


Na Quinta da Fonte Souto, no Alentejo, estamos a implementar um programa de reflorestação em 100 hectares de terras florestais que possuímos e gerimos no interior do Parque Natural da Serra de São Mamede. 62 ha desta floresta foram explorados nos últimos 6 anos, antes de adquirirmos a propriedade, e 35 ha são silvicultura de sobreiro protegida. Estamos a replantar as áreas exploradas com uma variedade de espécies autóctones portuguesas e administraremos a floresta como uma reserva natural para proteger a biodiversidade local e também agir como uma forma natural de captura de carbono.